1
Sublimes
atmosferas,
Luminosas,
rarefeitas,
Sem
as medidas estreitas
Das
horas que marcam eras.
E as
almas puras, eleitas,
Quais
flores das primaveras,
Buscando
vão as esferas
Das
alegrias perfeitas.
Vão
todas, espaço em fora,
Como
lírios cor da aurora,
Modeladas
pela dor.
E
onde passam sorridentes
Abrem-se
rosas virentes,
Rosas
de paz e de amor.
2
Uma
campina de flores
Em
pleno espaço infinito,
Onde
desperta um precito
De
um pesadelo de dores.
Envergara
o sambenito
Dos
pedintes sofredores,
Vivera
entre os amargores
De
um sofrimento bendito.
E
nessa etérea campina
Recebe
a esmola divina,
Nesse
batismo de luz;
Recebendo
entre outros gozos,
Dos
lábios de anjos formosos,
O
ósculo de Jesus.
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Livro:
Parnaso de Além-Túmulo
Médium:
Francisco Cândido Xavier
Autor
Espiritual: Espíritos Diversos